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Sócrates, filósofo grego, filho de um escultor e de uma parteira, nasceu em Atenas, no ano de 470 a.C. e morreu em 399 a.C. Foi de sua mãe, dizia ele, que herdou a arte de dar à luz, não os corpos, mas os espíritos - a maiêutica. Maiêutica, na filosofia socrática, é a arte de provocar as ideias, de fazer com que o interlocutor descubra as verdades que nele próprio já existem. Em pedagogia, a maiêutica toma o nome de forma socrática ou método socrático. A “Apologia de Sócrates” e o “Banquete”, de Platão, e alguns diálogos reproduzidos por Xenofonte são excelentes exemplos de maiêutica. Os antigos sábios, dos quais Sócrates é o modelo, viviam praticamente como santos sem esperar muito dos deuses.
Da vida de Sócrates, sabe-se que participou como soldado nalgumas campanhas, entre as quais a expedição de Potideu. Durante o governo dos Trinta Tiranos, que os espartanos impuseram a Atenas após a vitória na guerra do Peloponeso, Sócrates terá recusado prender um democrata, Leão de Salamina. O filósofo casou com Xantipa, mas a sua vida familiar e os filhos tiveram para ele menos importância que a educação filosófica dos jovens atenienses. Passou a maior parte do seu tempo a discutir nas ruas, nos ginásios e nos banquetes, despertando a simpatia de muitos, mas também a grande hostilidade de alguns.
Sócrates acabaria por ser condenado à morte, acusado de renegar os deuses da cidade e de corromper a juventude. Nas suas apologias de Sócrates, Xenofonte e Platão, seus antigos discípulos, tentam desculpá-lo e apresentam-no como um cidadão honesto e crente. Foram sobretudo os diálogos platónicos que contribuíram para fazer de Sócrates um mestre do pensamento, o pai da filosofia, capaz de despertar os espíritos e a reflexão graças à sua ironia e à sua maiêutica, à sua arte do diálogo. O essencial desta filosofia assenta na sua fé na razão humana, através da qual o homem pode atingir o conhecimento de si próprio e a felicidade: Conhece-te a ti próprio!
Texto original: Platão
Interpretação/encenação: Marcelo Lafontana
Assistente de encenação: Fátima Pereira
Dramaturgia: José Coutinhas
Dir. Musical: Eduardo Patriarca
Máscara: Marta Silva
Fig. e cenografia: Sílvia Fagundes
Dir. Técnica: Pedro Cardoso
Sistema Multimédia: Luís Grifu
Fotografia: J.Pedro Martins
Voz-off: João Pedro Azul
M12
Dur. 1h
Este espetáculo foi construído a pensar no transporte e digressão, sendo auto-suficiente em questões técnicas de maquinaria, luz, som e vídeo.
Espaço
Pode ser apresentado em ginásios, auditórios, salões amplos, escolas e em espaços ao ar livre com:
6m largura mínima
6m profundidade mínima
3m altura mínima
Corrente eléctrica
1 ponto de energia com 220V / 16A (estável)
Montagem
Tempo de montagem: 2 horas
Tempo de desmontagem: 2 horas
É necessário apoio local para carga e descarga do material (mínimo 2 pessoas) e de um técnico local (familiarizado com o sistema eléctrico da sala)